sábado, 9 de fevereiro de 2013

Depois da Meia Noite

 
Eu pensei que seria diferente dessa vez. Pensei que ela viria. Achava que ela seria diferente das outras garotas. Elas têm um sério problema. Vivem dizendo que sofrem pelos garotos. Mas não é isso o quê eu vejo. Pelo menos comigo não é assim. Elas sempre me fazem sofrer. Me fazem de idiota. E aqui estou eu. Sozinho. No telhado do prédio. Vendo os fogos de artifícios dançando no céu. E as pessoas comemorando a entrada ano. Não que eu pudesse vê-las, mas era o que provavelmente as pessoas costumavam fazer à meia noite do último dia do ano. O que será que aconteceu? Será que ela não pôde vir. Ou não quis vir? Tudo bem que tínhamos combinado em nos encontrar as onze e trinta aqui. E se um dos dois não aparecesse antes da meia noite, seria um “NÃO” como resposta. Mas ela é diferente. Será mesmo que não viria. Ou pelo menos devia me mandar uma mensagem dizendo que não ia vir. Ela não me deixaria aqui plantado. Eu já estava começando a congelar. É acho que ela não vem mesmo. O quê que eu tinha na cabeça em achar que com ela era diferente? Mas também não tenho pra onde ir mesmo. Só moro aqui há um mês, e não conheço muitas pessoas. Vou ficar aqui mesmo. Só eu, as luzes da Times Square, e dos fogos de artifício. Então peguei meu celular que vibrava no bolso da calça. Era uma mensagem sua, dizendo. Vai mesmo passar o Ano Novo sozinho? E automaticamente me virei. E lá estava ela. Linda e sorrindo pra mim. Não pude pensar em outra coisa a não ser beijá-la. Então o fiz.
 

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