Eu pensei que seria diferente dessa vez. Pensei que ela
viria. Achava que ela seria diferente das outras garotas. Elas têm um sério
problema. Vivem dizendo que sofrem pelos garotos. Mas não é isso o quê eu vejo.
Pelo menos comigo não é assim. Elas sempre me fazem sofrer. Me fazem de idiota.
E aqui estou eu. Sozinho. No telhado do prédio. Vendo os fogos de artifícios
dançando no céu. E as pessoas comemorando a entrada ano. Não que eu pudesse
vê-las, mas era o que provavelmente as pessoas costumavam fazer à meia noite do
último dia do ano. O que será que aconteceu? Será que ela não pôde vir. Ou não quis
vir? Tudo bem que tínhamos combinado em nos encontrar as onze e trinta aqui. E
se um dos dois não aparecesse antes da meia noite, seria um “NÃO” como
resposta. Mas ela é diferente. Será mesmo que não viria. Ou pelo menos devia me
mandar uma mensagem dizendo que não ia vir. Ela não me deixaria aqui plantado.
Eu já estava começando a congelar. É acho que ela não vem mesmo. O quê que eu
tinha na cabeça em achar que com ela era diferente? Mas também não tenho pra
onde ir mesmo. Só moro aqui há um mês, e não conheço muitas pessoas. Vou ficar
aqui mesmo. Só eu, as luzes da Times Square, e dos fogos de artifício. Então peguei meu celular que vibrava no bolso da calça. Era uma mensagem sua, dizendo. Vai mesmo passar o Ano Novo sozinho? E automaticamente me virei. E
lá estava ela. Linda e sorrindo pra mim. Não pude pensar em outra coisa a não
ser beijá-la. Então o fiz.
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