sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Gisela Bacelar - Autora de Perigosa Amizade


 
Hey pessoas! Hoje é um dia muito especial aqui no NST. Hoje vou estrear a coluna de entrevista aqui do blog com nada mais nada menos que Gisela Bacelar. Modelo, atriz e escritora. Seu primeiro livro Perigosa Amizade, na verdade é uma reescrita de uma história que publicava na época do Orkut. Isso mesmo gente! E eu acompanhava desde aquela época. Depois de muitos anos com a história parada, agora ela voltou e voltou com tudo. Acabou de lançar o livro, que por sinal já está fazendo o maior sucesso na internet. Vem conhecer mais um pouquinho dessa paulista de 23 anos.
 
Oi Gisela tudo bem? Bom, o Não Sou Trouxa resolveu estrear a coluna de entrevistas aqui do blog, e nada melhor do que começar com uma autora importante. Que apesar de muita gente ainda não ter ouvido falar sobre DF/Dangerous Friendship/Perigosa Amizade, com certeza ainda tem muita gente que acompanhava assiduamente na época do Orkut. DF mitava naquela época

Bom é uma entrevista bem rapidinha de quatorze perguntas, pra quem não conhece o seu trabalho passar a conhecer, e quem já conhece, matar a saudade e descobrir mais algumas coisas sobre você e sobre o livro. Então vamos a entrevista?
 
Porque resolveu começar a escrever a história?

– Bom, vamos lá, quando eu comecei a escrever Perigosa Amizade eu  devia ter uns 16 anos, eu não lembro ao certo quando tudo começou...  Viu? Por isso eu quis escrever a história! Pelo mesmo motivo que eu  amo fotografia (risos) Eu esqueço as coisas muito fácil, eu lembro,  mas lembro por partes e, isso sempre foi um problema para mim. Não que  eu sofre da memória, mas eu sou muito desligada e, um dos motivos que  me levou a começar a escrever, foi querer eternizar bons momentos dos  quais eu vivi. Não que a história inteira seja baseada na minha vida,  por que não é. Mas os personagens, alguns fatos e características,  lembram pessoas que viveram comigo e coisas que rolaram na minha época  adolescente.  E significa muito pra mim. Muito mesmo! Perigosa Amizade 
é o meu relicário (risos).


Como foi o seu processo de escrever um livro, você primeiro fez um  resumo de tudo ou foi escrevendo e deixando a trama fluir?

–  Então, hoje eu sou mais prática do que quando comecei a escrever.  Até por que eu sei tudo o que vai acontecer até o último volume da história... Tcharaaam! (risos) Antes de começar a escrever um livro,  eu separo os nomes de cada um dos personagens e descrevo abaixo o que  vai acontecer com cada um na trama, por exemplo: Roberta “ se envolve com o Matheus”, “ provocada pelo Denis”, “ Briga com o Matheus”. Soltei um bom spoiler aí, hein?! (risos) Acho que deu para terem uma  noção de como funciona. Eu escrevo bem por cima o que vai acontecer, e  coloco sempre em ordem para não se perder no tempo na história. Isso é  muito importante,  por que eu vejo uma galera se perder nos dias  contados na historia e a noção de tempo dos personagens ou os fatos  que aconteceram.  Acontece inclusive com livros profissionais  publicados por editoras... Imagina um online? Tem que tomar o dobro de  cuidado. Sou muito atenciosa com isso. Se eu falar que se passou um  ano na historia, não posso voltar no tempo e fingir que se passou um  dia apenas. Escrever também é matemática! (risos) Tem que acompanhar  certinho, tem que parecer real... Realidade é tudo.E, por fim, depois de ter escrito tudo o que vai rolar com cada um dos  personagens, eu junto tudo nos capítulos, por ordem. Antes de escrever  um capítulo eu descrevo em cima o que tem que acontecer naquele  capítulo com cada um dos personagens, dai vem a imaginação e a escrita  flui.  Super indico para quem está começando a escrever.

O que exatamente mudou na história depois que reescreveu? Os fãs de DF  terão surpresas?

- Olha que engraçado, eu mudei quase tudo, mas não mudei nada na  história... Não é estranho? Digo, eu mudei os nomes dos personagens (a  maioria deles) e mudei as cenas, modifiquei as idades e também dei  mais personalidade a alguns personagens... Mas, no fim, a história de  “Perigosa Amizade – Amigas para sempre” é a mesma. Só contei os fatos  de maneira diferente... Acho que ficou mais interessante, espero que  os antigos leitores tenham gostado das mudanças.

Qual o  seu personagem preferido e porquê?


– Não tenho um personagem preferido, juro! Sou de momentos. Um dia  acordo inspirada a escrever sobre o Cachaça e, no outro, quero  escrever da Sara. Mas se for para citar um que eu sempre escrevo com  facilidade e me animo, é o Matheus.Esse personagem flui muito bem na minha imaginação. Adoro ele.

Quantos livros da série ainda  pretende escrever?


– Mais três. Ao total serão 4 volumes. Pelo menos é o que eu penso por  enquanto. Vai que muda e eu acrescento mais um numero aí. Nunca se sabe!

A trama foi inspirada em alguns fatos e pessoas. Você ainda tem contato com alguém que "fez" parte da história?

– Não. Infelizmente eu não falo com mais ninguém... Ok, eu sei,  existem as redes sociais e tudo mais, mas não é a mesma coisa. E, se  falar, vai ser aquela conversa cotidiana de facebook... Oi, tudo bem?  Como vai você? Bem, e você? Bem. Quanto tempo! Tchau.  (risos).


O universo drama adolescente de DF lembra muito o das séries  americanas, como The O.C, One Tree Hill e Gossip Girl. Algumas dessas   séries serviu de inspiração na hora de criar a sua história?

– Olha, eu nunca assisti The O.C... não me crucifiquem! Foi por falta  de tempo, não sei (risos).  Eu sou a–p–a–i–x–o–n–a–d–a por One Tree  Hill, e já assisti Gossip Girl, mas não me inspirei em nenhum seriado.  Eu sigo outros tipos de inspirações.

Além de Avril Lavigne e Nirvana, quais outros artistas teriam suas músicas na trilha sonora de Perigosa Amizade caso virasse uma seriado?

– Nossa, não pensei sobre, eu escuto muitas músicas diferentes  enquanto escrevo. Mas acho que Charlie Brown Jr, com certeza.

Na época  em que a história era publicada numa comunidade no Orkut  você  escrevia junto com a Carla, a que deu vida a personagem Melissa. Vocês ainda são amigas? Ela sabe da existência do livro?

- Olha, não somos inimigas (risos) Mas também não somos amigas. Quer  dizer, fica aquele nostalgia quando nos falamos, mas não somos mais as  melhores amigas, enfim. E ela sabe do livro, na verdade, acho que ela  ficou surpresa comigo seguindo em frente com a história, ninguém nunca  acreditou tanto que pudesse dar certo. Mas eu vou até o fim. Nunca se  sabe o que eu posso encontrar ao chegar lá. Tem que acreditar!

Assim como na época do Orkut, você pretende voltar com a camisetas de  DF? (Só acho  que deveria, rs)

– Seria bacana, não é? Poxa, tem umas leitoras que têm as camisetas  até hoje e eu nem sei onde foi parar a minha. Sou muito desencanada!  Mas eu quero e, como trabalho com muitas marcas de roupa, quem sabe  não role uma parceria... Pode acontecer. Eu recebi a proposta para  almofadas... Vocês gostam? Seria fofo. (risos)

Se tivesse que dar três dicas essenciais para quem está  escrevendo um  livro, quais seriam?

– Acredite em você SEMPRE. Deixe as criticas virem, elas podem ajudar  mais do que você imagina. Eu fui taxada de burra por diversas vezes e  criticaram muito a minha escrita, eu procurei evoluir. Nunca fui uma  menina estudiosa, eu era da galera do fundão (risos) E, por ter  abandonado o colégio no último ano (olha, outro spoiler!) as coisas  pioravam por que as pessoas são quadradas. Elas acham que quem não  segue o sistema não pode dar certo. Mas eu sempre me arrisquei e hoje  estamos ai. Tô super realizada e contente, e terminei os estudos ok?  Fiquem calmos (risos) Outra dica, leia e releia o que você escrever  pelo menos umas quatro vezes, eu sei, vai ficar enjoativo, mas é ótimo  para aperfeiçoar a sua escrita. O terceiro é, nunca copie, senão a  história não vai ser sua. Pense em um nome autentico, não coloque mais  um nome que se alguém jogar no Google vai aparecer mais mil resultados  semelhantes.  Crie, invente, renove. Esse é o maior dom de um  escritor, poder trabalhar com a imaginação. Nem todo mundo consegue,  acredite.

Qual foi a primeira coisa que pensou assim que terminou de escrever a  história?

– Ufa, vou descansar meus braços e mãos. (risos) Juro, eu comecei a  reescrever Perigosa Amizade – Amigas para Sempre, numa frenética de  dias sem pausa. Eu virava os dias no meu quarto escrevendo e lendo e  ouvindo musica e nossa, fui abduzida pela história. Eu tenho uns  probleminhas para escrever, não consigo simplesmente chegar e  escrever, eu preciso entrar na vida dos personagens, sentir que estou  lá... Parece doidera, mas funciona.  Imagina, são quase 10  personagens, é muita vida para eu cuidar (risos) Brincadeiras a parte,  eu pensei que agora sim o meu sonho se tornava realidade. O primeiro  volume é sempre o mais difícil, por que é o inicio de tudo, é onde as  pessoas conhecem e decidem se gostam ou não da história.

Pretende fazer uma sessão de autógrafos pelo Brasil?


– Eu pretendo fazer encontros de leitores, como eu já fiz na época  antiga de Perigosa Amizade... Era muito legal, mas nada de autógrafos,  sou do tipo “gente da gente” gosto de interagir com as pessoas. Se for  pra ficar parada tirando foto e assinando livro, vou ter um infarto.  Eu preciso conversar, dar risadas e me divertir com os meus leitores.  Os encontros servem para isso.

Porque as pessoas deveriam ler Perigosa Amizade?


– Porque esse negocio do príncipe encanto e do vilão e do herói já deu  faz tempo! (risos) Serio, acho que a galera devia ler pelo fato de que  a historia é real e as pessoas se identificam com o drama dos  personagens. Exemplo, nenhum personagem meu pode ser taxado de bom ou  mal, eles cometem erros, eles tem os seus momentos “vilões”, eles são  seres humanos, não foram criados para serem perfeitos. A Angélica, por  exemplo, foi uma personagem superamada nesse primeiro volume da  história, mas no segundo ela vira ao contrario e se torna uma ameaça  para a Roberta. Mas nem por isso a descrevo como vilã, ela não é. É  uma menina que sofre como todas as outras e expõe a sua dor de forma  rebelde e acaba prejudicando algumas pessoas.O que acontece muito nesse mundo que a gente vive. Sem contar nos  temas que Perigosa Amizade aborda, como homossexualidade na  adolescência, o uso de drogas, a virgindade, conflito com pais...  Temas que influenciam uma geração e as pessoas tem medo de falar  sobre. Por isso e tantos outros motivos, as pessoas devem ler Perigosa  Amizade.

Bom gente, é isso! Gisela, MUITOOO obrigado mesmo por tirar um pouquinho do seu tempo pra responder as perguntas que o NST fez com muito carinho! Até te perdoo por nunca ter assistido The O.C. Com certeza o livro vai fazer muito sucesso, já está fazendo, na verdade. Espero que tenha gostado. E sim, queremos almofadas também! Rs

E você, curtiu a entrevista? Ficou interessado para saber mais sobre a autora e sobre a história? Aí embaixo estará o link das redes sociais onde vocês poderão comprar/ler sobre. E se ainda quiser concorrer a um exemplar com dedicatória feita pela Gisela Bacelar, é só ficar ligado aqui no blog.

 

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